De acordo com o 44º relatório da Webshoppers, realizado pela Ebit Nielsen, somente no primeiro semestre de 2021, o comércio eletrônico do Brasil atingiu o maior patamar de vendas da história com um volume de 54 bilhões de reais, um crescimento de aproximadamente 31% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Segue abaixo principais tendências do e-commerce de 2022 para que você possa contornar a crise econômica no mercado brasileiro e aqueça as vendas online da sua empresa.
1 – Conexão entre GAMES e MARCAS
Com a popularização dos games online, dos NFTs e sistemas de blockchain, as marcas precisam repensar suas estratégias para criar experiências marcantes em um cenário cada vez mais competitivo.
Oportunidades para a organização de campeonatos, streamers, eventos de comunidades e ligas.
Será comum ver marcas e e-commerces trazendo uma imersão para dentro dos jogos e trazendo experiências híbridas e cada vez mais imersivas. Alguns exemplos que podemos citar é o caso da Renner criando uma loja dentro de um servidor do jogo de mundo aberto GTA, ou da Shopee que cria estratégias de cupons promocionais para seu jogo mobile Free Fire.
2 – Experiências de compra híbridas – Omnichannel
Foco em tornar imperceptíveis as diferenças entre o offline e online. De acordo com uma pesquisa feita pela Opinion Box, 70% dos respondentes já começaram a sua jornada de compra em um meio e a concluíram em outro canal.
Empresas e Marketplaces como Magazine Luiza, Americanas e Centauro já aderiram a esses modelos e passaram por uma verdadeira transformação digital.
3 – O novo METAVERSO
Infinitas possibilidades emergem com a fusão cada vez maior entre ON e OF — EVENTOS e SHOWS totalmente imersivos em plataformas de games;
CONFERÊNCIAS e ENCONTROS virtuais de todos os tipos em salas recriadas em ambiente digital;
PROVADORES de roupas em realidade virtual; entre outras.
Desde 2020, em razão da pandemia da Covid-19 e consequentemente das restrições de distanciamento social, este termo passou a ser debatido com mais profundidade, principalmente, do ponto de vista corporativo e mercadológico.
Veja abaixo as marcas que já fazem parte desse ecossistema do metaverso.
Você deve estar se perguntando: como o e-commerce interliga-se a isso? A verdade é que as possibilidades são infinitas. Marcas como Havaianas, Boticário, Renner e Submarino já trouxeram experiências de conexão envolvendo entretenimento e comércio dentro de plataformas de games como Avakin Life e Fortnite.
Todo o modo de tráfego pago irá mudar, as interações com as redes sociais também e principalmente a forma como consumimos conteúdo e mergulhamos em uma jornada de compra totalmente imersiva e híbrida entre o mundo físico e virtual
4 – MARKETPLACES e SUPER APPs
Super APPs são aplicativos que centralizam inúmeras funções, como conversar com amigos, depósitos bancários, compras online, por exemplo. Tendem a aumentar a conveniência, melhorando a experiência do consumidor.
Mas quais são os benefícios dos Super Apps?
Com os Super Apps, o cliente final ganha praticidade de encontrar diferentes serviços em um mesmo aplicativo, além da familiaridade na navegação entre os seus apps favoritos, os quais já possui certa familiaridade e confiança. Entretanto, poucas são as empresas que conseguiram adotar este modelo com maestria.
5 – ENTREGAS cada vez mais RÁPIDAS
Segundo a pesquisa Consumer Insights, da Outbrain, mais de 50% dos compradores online afirmam que a velocidade da entrega é o maior influenciador de decisão na hora de comprar um produto.
Estima-se que até 2026, cerca de 25% das entregas serão feitas no mesmo dia.
É necessário avaliar se outras estratégias, como a de entrega colaborativa (Crowdshipping) ou ainda pontos de coleta para entregar suas encomendas com os PUDOs (Pick-up & Drop-off), seriam uma excelente opção para quem quer diminuir o prazo de entrega dos seus pedidos.
6 – REDES SOCIAIS e SOCIAL COMMERCE
Sim, suas redes sociais possuem um papel fundamental na jornada de compra do seu consumidor. Afinal, as redes sociais sempre estão presentes nas listas de tendências do e-commerce anuais, já que gradualmente elas continuam crescendo e inovando na hora de oferecer novas ferramentas para o vendedor.
O Instagram e o Facebook já oferecem soluções aos lojistas como lojas virtuais e parcerias. Já o Whatsapp inovou no último ano possibilitando meios de pagamento com o WhatsApp Pay e já vem testando anúncios dentro de sua plataforma.
O Pinterest também permite que vendedores usem pins nas fotos com informações dos produtos expostos e que direcionam para o anúncio que o vendedor quiser vincular.
Ainda de acordo com a pesquisa feita pela Opinion Box, cerca de 65% dos consumidores afirmam que as redes sociais são o ponto de partida para iniciar uma compra, seja ela como uma pesquisa de um produto ou serviço, ou até mesmo pela visualização de algum anúncio.
Já falamos aqui sobre a jornada de compra híbrida, mas você já parou para pensar como você deve adaptar a sua comunicação para isso? Veja no gráfico abaixo, cerca de 75% dos compradores afirmam que, ao visualizar um anúncio de um produto que despertou interesse, a compra é feita somente depois.
Conclusão
É importante ressaltar que antes de adotar qualquer estratégia ou tendência do e-commerce mencionada, seu negócio precisa saber fazer o famoso “arroz com feijão” de maneira bem feita, ou seja, colocar o seu cliente no centro da operação.
De nada adianta falarmos sobre metaverso, se seu cliente espera 20 minutos para ser atendido no seu SAC. Ou até mesmo, não consegue ter uma boa experiência de compra com o menor tipo de fricção possível.
Aproveito e compartilho esse outro post, Decodificando as decisões: entenda as influencias e como as pessoas tomam decisões de compra, que com certeza ajudará você a vender mais em seu e-commerce.
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Fontes (créditos):
(1) – Martha Gabriel
(2) – Magis5